quarta-feira, 2 de março de 2011

"(...) isso aqui, não é casa de santos, mas também não pode se transformar numa casa de canalhas consagrados (...)"




Em um dos vídeos mais acessados do “Youtube”, a Deputada Estadual pela conjuntura do Rio de Janeiro, Cidinha Campos (PDT), no começo de 2010, vai a Tribuna e estoura sobre a incoerência e despautério em ver o Deputado Estadual carioca - José Nader Filho (PTB), candidatando-se  ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), e discorre sobre os incontáveis dolos pelos quais, o mesmo, incorreu na Assembleia Legislativa da Cidade Maravilhosa, com  aprumado direito a fundamentação no Código Penal.

No Rio de Janeiro, de acordo com a história, mal servido de políticos desde, pelo menos, a transição da capital para Brasília, em 1960, a patifaria infesta, governa e desenvolve-se. 
A corrupção pode não ser nacionalizada, mas, sistêmica, endêmica, pluripartidária e em alguns casos, até hereditária. Mas estamos falando de Rio e aqui, como diz a Deputada Estadual Cidinha Campos, que parece ser única a enxergar o “cinismo” dos ladrões, concluo que, a corrupção não só lá como cá, parece vir da gema.

O vídeo virou um apoteótico berro contra a contrafação, e vem sendo vinculado de forma continuada pelos entusiastas das redes sociais!

A grande verdade, é que a corrupção não é uma obra genuinamente brasileira. Mas, nos acompanha desde muito cedo, do período monárquico em diante, observa-se que os aconselhamentos tomados pelos, “bolas da vez” eram sempre abluídos a muita pseudo-aristocracia e “maquiavelidade”, buscando sempre serem corporativistas e parciais, em se tratando do sentimento popular.

O povo padecia e até hoje padece, nas mesmas mãos de quem os afaga em épocas oriundas. Sem embargo, a “sistemologia”; - “Rouba, mas faz” é o que sobreleva e, de certo modo aquieta os corações das ruas, de espírito vagabundo ou não.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86).