segunda-feira, 25 de julho de 2011

Não quero um Mundo melhor para nossos filhos e netos, (Longo Prazo). Quero um Mundo melhor para nós, aqui e agora! (Curtíssimo Prazo).


Quando nos deparamos com os indicadores alarmantes da cruenta violência nas mais variadas localidades do globo, sentimos. Ou muitas das vezes até deixamos passar despercebidos. Mas quando a infame ultrapassa fronteiras que nos pertence e arromba as portas de nossas casas, beirando as sombras de análogos, amigos e vizinhos, isto nos vai de encontro e, muito.

Não é de hoje que ser sobejamente aguilhoado, passou ser infortúnio das classes socialmente desajudadas, de bem-estar, saúde, educação, habitação, assistencialismos básicos que a nós, Graças a Deus vem de forma selecionada e continuada, quase sempre. No dia de hoje, esta afirmação vira dúbio de um sonhador, pois a violência vem forte, como uma avalanche abatendo “terroristicamente” até os jequitibás mais antigos e sólidos fincados num chão seguro, terra fértil, sobretudo prolixa!

Há um avanço inegável nas Alagoas, sendo que o preço de todo esse sonho de finalmente adolescer, está sendo pago por nós, inquilinos fiéis de uma morada de casca fina, penetrável por quaisquer “bandidecos” de calças curtas, que assim cobice sanar suas vontades de se drogar, impetrando um pseudo-poderio em cima do primeiro Pai de família e/ou trabalhador honesto que se depare anverso seu caminho. Não está valendo tanto a pena!

A revista britânica "The Economist" vinculou uma matéria em suas respeitadas páginas, onde faz alusão ao fantasma da violência em Alagoas. Em termos conclusos a reportagem passa que o estado é marcado pela pobreza e, desigualdade, um lugar onde "os donos das usinas acertam contas com os punhos, facas e escapam da punição". Nada que não sabíamos!
Com elogios as águas cristalinas de alguns rincões afastados da Capital, a matéria segue criticando a sangria no estado, - "Alagoas foi escolhida (pelos criminosos), pela fraqueza de um governo endividado e sem forças, além de ter uma polícia fraca, corrupta, muitas vezes em greve, e às vezes comandando o crime organizado".

Noutras circunferências, num mote não tão diferente, vemos o inadmissível, a Política sobrepondo o Direito assim como um canalha aproveitador abusa de uma jovem indefesa, pasmem, tudo consentido por quem iria de lhe dar arrego... Da maneira mais abjeta, porca, leviana, abominável e, demais palavras que o dicionário abarque tal feito!
Levando aos grandes centros, ou não tão grandes assim, fazendo analogias bem simplistas sobre o que agora passa nas calçadas de nossas portas, até mesmo na luz do dia, de nenhum modo chega ser menos revoltante. Pois até dentro dos Hospitais Públicos, que já não estão lá esses brincos de ouro, ao menos bijuterias baratas, a violência chegou: Os Médicos, antes tão respeitados, não podem mais reivindicar as más condições de trabalho pelas quais são submetidos. Tem de sentir a dor de seus pacientes, calados, sob pena de levarem timoratos safanões no seu Posto de Trabalho, tendo ainda de abocanhar o próprio choro para não contraírem mais bordoadas ainda. Aberração comportamental!

Não sei a que pé estamos caminhando, o que me parece, é que vamos pulando como Saci: - Cotós da influência de direitos e deveres, pé descalço ao léu dos campos minados, de esquerdinha frágil e desnudos de caráter protelando a própria felicidade, como os mesmos índios saqueados pelos portugueses na época do descobrimento, crendo ser tudo grande coisa.
Troca inútil! Especiarias e muito ouro por objetos de pouco valor na terra dos outros!

Assim estamos e assim ficamos?